segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O que as crianças aprendem com outras crianças


Enquanto brincam com outras crianças, as crianças aperfeiçoam as habilidades e os papéis sociais que serão necessários no futuro. Vemos paralelos adultos com brincadeiras como cuidar da boneca, competir para chegar em primeiro lugar, superar um desafio como, por exemplo, a construção de um aeromodelo, limpar a casa construída no alto de uma árvore e brigar. Os irmãos mais velhos costumam servir de modelo para os mais novos (Dunn & Kendrick, 1982).

Provavelmente as interações com os amigos ensianm também lições mais sutis (Sullivan, 1953). Por meio delas, aprendemos a ser sensíveis as necessidades dos outros. Ao mesmo tempo, os relacionamentos com os amigos ajudam a perceber as próprias forças e fraquezas. Os pais de Jonas podem ficar encantados com tudo o que ele faz: rabiscar, brincar de cavalinho e fazer castelinhos de areia. Ao brincar com outras crianças que podem fazer muitas das mesmas coisas, ele pode avaliar as próprias habilidades com mais exatidão.

As vantagens de brincar em conjunto provavelmente são as responsáveis pela descoberta de que a escolinha maternal favorece o desenvolvimento social (Clarke-Stewart, 1985; com Fein, 1983; McCartney, 1985; Roopnarine, 1985; Rutter, 1982; Scarr, 1984). Depois das experiências em escolinhas maternais, as crianças tendem a explorar o ambiente que as cerca com relativa ousadia e brincar com os amigos com relativa frequência. Além disso, a estimulação extra oferecida por escolinhas dotadas de programas de excepcional qualidade pode acelerar o desenvolvimento mental de forma duradoura. O medo de que a escolinha possa interferir na formação de vínculos com os pais não encontrou respaldo até o momento (Ragozin, 1980; Rutter, 1982).

É importante ter em mente que as habilidades sociais da criança são influenciadas também pela família. Crianças dotadas de vínculos seguros tendem a ser hábeis no estabelecimento de relacionamentos. Crises e separações conjugais parecem ocasionar medo de sofrer, retraimento emocional e comportamento de forma menos amadurecida (hetherington et al., 1979c). Crianças socialmente bem-sucedidas tendem a ter mães que se comunicam intensamente e que escutam os filhos sem ficar superagressivas ou superprotetoras (H. Montagner, citado em Pines, 1984). 

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